Mundo Geek Feminino

Crítica: Veja Por Mim

Com direção de Randall Okita, “Veja por Mim” conta a história de Sophie, uma jovem, ex-atleta olímpica, que ficou cega após uma doença rara. Em um misto de revolta e negação pela nova condição, ela quer se mostrar forte e independente para sua mãe e para si mesma. Ela tenta fazer tudo sozinha, não gosta da ajuda de ninguém e demonstra não estar abalada pelo acontecimento, mas algumas de suas atitudes não são de boa índole, o que demonstra um escape da realidade. Essa má conduta acaba a colocando em situações perigosas no decorrer do filme.

Sophie, por meio de aplicativos, é contratada para tomar conta de um animal de estimação em uma mansão, enquanto a dona sai em viagem. Mas já na primeira noite a casa é assaltada e ela pede ajuda a uma pessoa que mais já havia a socorrido mais cedo pelo aplicativo chamado Veja Por Mim. Se trata de Kelly, uma ex-veterana do exército, que passa o dia a jogar jogos de guerra online. Como Kelly não agiu desrespeitosamente na primeira vez, Sophie deixa o número de Kelly salvo para uma próxima emergência, o que acontece rapidamente.

As cenas de Kelly com Sophie parecem cenas de um jogo de tiro. Talvez tenha sido uma forma de justificar o porquê da escolha da personagem Kelly ser uma gamer tão boa em mirar através das telas. Porém é estranho perceber que Sophie entende termos tão técnicos usados em jogos e para pessoas experientes em pontaria. O filme é bem previsível, mas passa uma certa tensão, nos colocando inúmeras vezes na posição de Sophie. Possivelmente as cenas de completa escuridão tenham sido para dar a sensação de que estamos como Sophie, sem poder ver nada e em perigo.

O mais interessante desse filme foi ver como a tecnologia tem sido útil para os deficientes visuais e que podem, com o auxílio dos recursos atualmente disponíveis, ter condições de vida melhores. Contudo, é preciso que tenham pessoas com boa vontade e respeitosas, aptas a colaborar. Algo que fica bem evidente nesse filme é que não se deve julgar as pessoas por suas deficiências, elas podem fazer o bem ou o mal, tanto quanto qualquer outra pessoa.

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