Crítica – Planeta dos Macacos: O Reinado
O Planeta dos Macacos: O Reinado é uma jornada visualmente deslumbrante que traz uma onda de nostalgia para os fãs do clássico. No entanto, apesar de suas impressionantes cenas, o filme deixa a desejar no quesito tempo e acaba ficando exaustivo.
A trama se desenrola num futuro distante após os eventos de A Guerra pelo Planeta dos Macacos, onde diversas sociedades emergem, cada uma com suas próprias crenças e ideologias. No entanto, as leis estabelecidas por César, o primata que iniciou tudo, se perdem ao longo dos anos, dando espaço para uma nova sociedade reivindicar o poder, mesmo que isso signifique escravizar sua própria raça e caçar humanos, os poucos que ainda vivem nas florestas. O foco central é na aldeia dos macacos que criam águias, seguindo a história de Noa, filho do líder da tribo. Após um ataque devastador à sua comunidade, Noa parte em uma jornada em busca de sua família feita prisioneira. No decorrer da viagem, ele encontra o último seguidor de César, descobrindo mais sobre suas origens. A história se complica com a introdução de uma humana misteriosa, cuja ligação com Noa gera confusão sobre a veracidade de seus laços e qual foi a motivação na escolha por ele.
Embora o filme explore questões de poder e liderança, sua narrativa às vezes se perde em sua própria complexidade. A luta pelo poder entre humanos e macacos cria uma atmosfera de incerteza sobre quem são os verdadeiros vilões da história. A ausência de um claro antagonista dilui a força do conflito central, deixando o espectador perdido de que lado ficar, quem está certo ou errado agora. Além disso, a duração do filme, 2 horas e 25 minutos, poderia ser reduzida consideravelmente, já que muitas cenas parecem desnecessariamente longas, comprometendo o ritmo da narrativa. Embora a intenção de retratar um mundo sem a influência humana seja o que tentaram passar, o excesso de ênfase nesse aspecto resulta em uma experiência monótona para o público. Em resumo, Planeta dos Macacos: O Reinado é um filme que, apesar de suas falhas, ainda oferece um bom entretenimento, especialmente para os admiradores do clássico. Com sua narrativa em aberto, é provável que o filme tenha sequências, deixando espaço para a resolução das complexas questões apresentadas. A estreia nos cinemas está marcada para o dia 9 de maio, sendo uma opção para aqueles que buscam uma experiência cinematográfica imersiva.