Crítica: Sing 2
Sing 2 fez sua estreia dia 6 de janeiro de 2022 e trouxe mais que um filme, trouxe um verdadeiro show, além de lindas lições de vida que servem para todas as idades. Produzido pela Illumination e com dublagens realizadas por grandes nomes da música nacional, contando com: Sandy como Meena, Wanessa Camargo como Ash, Fiuk como Johnny, Any Gabrielly com Nooshy, Lexa como Porsha, Fábio Jr. como Big Daddy e Paulo Ricardo como Clay Calloway.
O filme começa com os astros já conhecidos do primeiro “Sing: Quem Canta Seus Males Espanta”, de 2016, bombando no novo teatro com uma apresentação musical inspirada em Alice no País das Maravilhas, mas os artistas e o Coala Buster Moon, dono do show e do teatro, almejam subir ainda mais a escada do sucesso, por isso embarcam em um grande desafio para Redshore, a capital do entretenimento. Mas nada para eles é fácil, mesmo conseguindo uma chance terão que lidar com Jimmy Crystal, o lobo magnata, dono da Crystal Entertainment, e ainda trazer o astro do rock Clay Calloway, prometido como chave do show, só que ninguém sabe nada sobre ele há anos, desde a morte de sua esposa.
O primeiro filme foi um grande sucesso, a animação trouxe vários animais com lindos talentos para música e interpretação que conquistou vários corações, não só de crianças mais também de adultos, pois trouxe músicas das antigas como Gimme Some Lovin’, do grupo Spencer Davis, entre outras. O que em sua maioria foi um grande acerto, pois são músicas atemporais. Em Sing 2, não foi muito diferente, também trazendo músicas atemporais, com a diferença que desta vez o repertório está muito maior e com músicas nem tão antigas assim. Houve uma mistura de pequenos trechos de diversas músicas, algo bem interessante e assertivo, pois assim há uma chance maior de agradar a mais pessoas, já que tem música para todos os tipos de gosto e tudo muito bem encaixado no enredo do filme.
Falando ainda do enredo, alguns personagens ainda não entenderam que podem conquistar tudo o que quiserem, se acreditarem em seus sonhos e tiverem coragem suficiente para correr atrás, este é o caso do Coala. Depois de tanto esforço junto com sua equipe no primeiro filme, ele ainda se vê, de certa forma, como alguém sem talento, mas depois de uma bela lição de moral da senhora Nana Noodleman, ele percebe que tudo é possível se não desistir e que ele precisa acreditar em si mesmo e não no que dizem a ele.
Já a personagem Ash, veio mostrando que aprendeu com os erros do passado e que agora não aceita menos do que ela merece, e isso inclui tudo na vida, inclusive se valorizar e ao seu trabalho. É difícil ter coragem e dizer basta na hora certa. A cena em que ela se impõe no filme, mostra que ela está ganhando menos do que os outros músicos, pelo simples fato de ser mulher. A posição que ela tomou foi de muita coragem, uma atitude que mostrou amor próprio e que ela sabe seu valor. Que essa cena sirva como motivação para todas as mulheres que não se valorizam. Sem dúvida, essa cena foi a melhor do filme.
Com várias lições de vida e moral que o filme trouxe, inicialmente parecia que o filme seria uma bagunça com tantas informações, músicas e cores, danças e personagens novos, mas eles conseguiram concluir o filme com uma emoção digna a quando se assiste realmente a um show e não a uma animação. Sabe aquela sensação de quando se vai a um show da sua(eu) cantora (or) favorita(o)? Pois é, foi essa a emoção final do filme. Algumas situações são óbvias desde o início, bem normal de se ver em animações tradicionais, mas ainda assim, quando elas acontecem, não perdem o brilho e a magia que o conjunto da obra traz. Enfim, assista a Sing 2 e entenda a experiência por completo narrada aqui.