Crítica: Doutor Estranho 2
Finalmente um dos filmes mais esperados da Marvel saiu, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura veio com uma surpresa na escolha do vilão, deixando assim o final do primeiro filme de lado. Efeitos especiais, ação e uma boa pitada de terror não faltaram nesse filme, mas o que realmente teve de bom, foram as representações femininas.
Seja lá qual foi a teoria que você montou para esse filme, esqueça e vá de coração aberto. Existe um motivo bem óbvio para não terem revelado mais coisas sobre o filme, descobríramos de cara o que viria a acontecer. Contudo, mesmo com a surpreende escolha do “vilão”, eles acabaram trazendo boas adaptações das HQs para a telinha, onde podemos ter um desfecho que já poderia até ter vindo por outros meios, mas como está ligado ao personagem do Dr. Estranho, então está super valendo. O personagem que ficou de lado e com uma breve aparição foi o vilão realmente esperado: Mordo, que se rebelou no final do primeiro filme do Dr. Estranho. Pelo menos é dada uma justificativa, pequena e bem rápida.
Nessa trama, onde parece que o vilão toma conta do filme, com um ar bem sombrio, no nível de envolver demônios e sussurros de arrepiar, podemos ver como Dr. Estranho cresceu ao longo de sua trajetória como super-herói e tudo o que abriu mão para salvar vidas, um crescimento que o tornou único em todo o Multiverso. Por isso, quando ele conhece a America Chavez, ela que já conheceu quase todas as versões dele do Multiverso, fica claro que ela não confia totalmente nele, já que todos cometem os mesmos erros e acabam tendo o mesmo fim.
Isso se estende até a personagem Christine Palmer, que teve grande destaque na trama, mostrando que por mais que Dr. Estranho mereça uma nova história, escolhas foram feitas e que não há volta. Porém, tudo pode mudar na vida dele com o surgimento de uma nova personagem, que se não ignorarem como fizeram com Mordo, trará boas histórias ao doutor e consequentemente para o público.
Quanto às personagens que apareceram, não dá para revelar muito sem dar mais spoilers, mas posso dizer que somos presenteados com boas lutas e grandes surpresas, todas arrasaram, sem exceção. É perceptível a relevância que os produtores deram para as personagens nessa trama, do início ao fim, das personagens poderosas até as sem poderes, mostrando seus pontos fortes e tirando nosso fôlego, em alguns momentos. Comprovação disso é que o enredo gira em torno da série e personagens de WandaVison, e um pouco da animação What IF…?. As outras adaptações cogitadas para esse filme não vieram como esperado, como o filme do Homem-Aranha Sem Volta para Casa, que tem os acontecimentos mencionados, mas não se entra em detalhes.
No mais, o filme é muito bom, talvez tenha se perdido em alguns momentos por querer entregar muita informação em pouco tempo, usando tantos efeitos e ação, mas nada que não dê só vontade de assistir de novo e de novo, para pegar todas as referências.
