Crítica: Os Caras Malvados
A mais nova animação produzida pela DreamWorks Animation e distribuída pela Universal Pictures é baseada na série de livros de Aaron Blabey, estreando no Brasil em 17 de março de 2022. A direção é de Pierre Perifel, que nesse filme faz sua estreia como diretor de longa-metragem, após trabalhar como animador no filme Kung Fu Panda.
O filme mostra a história de cinco amigos, todos malfeitores, temidos por todos por serem muito maus, são bons ladrões e de briga. O grupo é composto por: Sr. Lobo, o batedor de carteiras, Sr. Cobra, o arrombador de cofres, Sr. Tubarão, o mestre do disfarce, Sr. Piranha, o “músculo”, e Srta. Tarântula, a especialista hacker de língua afiada. Mas a amizade e a perfeita união para crimes estão por um fio, quando o Sr. Lobo, líder do grupo, descobre que a bondade é melhor que a vilania. No decorrer do enredo, o expectador vai descobrindo que ser bom é uma questão de escolha, já que personagens que antes faziam o mal, fizeram a escolha de fazer o bem e serem bons pelo simples fato de se sentirem melhores assim, enquanto que outros que tinham tudo para fazerem o bem, escolheram fazer o mal.
Quanto às personagens femininas desse filme, destaco duas, dentre as ótimas personagens que aparecem no decorrer da história. Mesmo sendo o título “Os Caras Malvados”, uma personagem feminina faz parte da equipe, a hacker Srta. Tarântula, que na versão brasileira é dublada pela apresentadora gamer Nyvi Estephan. A personagem é muito sagaz e, se todos eles são bem sucedidos nos roubos, é graças aos conhecimentos tecnológicos dela. A outra personagem que arrasou foi a Governadora Diane Raposina, interpretada pela atriz brasileira Agatha Moreira. A personagem é linda e muito inteligente, mas tem um segredo que faz toda a diferença para o filme, sem dúvida ela é uma grande influência para o rumo que a história toma.
No mais, toda a narrativa do filme é engraçada, com tom simples e leve. A sagacidade nas associações aos personagens foi ótima, levantando questões de estereótipos que são aplicadas para os seres humanos, que vivem sendo rotulados ou rotulando os outros. Como por exemplo o vilão ser um lobo, já que nas histórias ele sempre foi mesmo um “lobo mal”, por que não continuar sendo nessa história, não é mesmo? Algo que o próprio lobo faz piada. Não é porque você nasceu de um jeito que deva ser assim para vida toda. Afinal, quem vê cara, não vê coração, já dizia o bom e velho ditado. Enfim, esse é um filme muito divertido, super indicado para todas as idades, que vão tirar muitas, mas muitas risadas mesmo, do início ao fim.