J. K. Rowling
Esse é um momento que chamo de “Mulheres Reais”, onde falo um pouco sobre mulheres que fizeram história e que podem nos inspirar. E J. K. Rowling é uma grande inspiração. Tirando os preconceitos que ela vêm apresentando, é uma escritora formidável e tem uma trajetória de vida impressionante. Leia sem “pré-conceito” e fique apenas com as partes boas, deixe de lado o que não lhe serve. Afinal, esse canal é para falar de todas as mulheres, não importa se ela é perfeita ou não.
Joanne Rowling, mais conhecida como J. K. Rowling, nasceu em 31 de julho de 1965 e, por conta de seu grande sucesso com a saga Harry Potter, seu aniversário é comemorado pelos fãs do mundo inteiro como o “HarryBday”, dia do aniversário de Harry Potter na saga, 31 de julho de 1980. A abreviação de seu nome se deu por conta da editora Bloomsbury, que temia que garotos não se interessassem por um livro escrito por uma mulher. Como ela não possuía nome do meio, escolheu a letra K em homenagem à sua avó paterna Kathleen.
J. K. Rowling é uma escritora, roteirista e produtora cinematográfica britânica. Por conta dos livros de Harry Potter, que ganharam uma popularidade mundial, ela recebeu múltiplos prêmios e vendeu mais de 500 milhões de cópias, se tornando a série literária mais vendida da história. Rowling disse que teve a ideia de escrever a série enquanto estava em um trem, indo de Manchester para Londres, em 1990. Devido a problemas pessoas, só veio a finalizar o primeiro livro de HP em 97. Além do clássico, ela também escreveu Morte Súbita (2012), que a BBC adaptou em 2015, em uma minissérie dramática de mesmo nome. Também escreveu, sob o pseudônimo de Robert Galbraith, O Chamado do Cuco (2013), O Bicho-da-Seda (2014), Vocação Para o Mal (2015), Branco Letal (2018) e Troubled Blood (2020).
Depois de passar por grandes problemas financeiros, hoje Rowling está na Lista das pessoas mais ricas do Reino Unido e a Forbes a nomeou como a primeira pessoa a se tornar bilionária somente escrevendo livros. Também foi nomeada a “Mulher Mais Influente da Grã-Bretanha” pelos principais editores de revista e foi classificada como a 40ª pessoa mais poderosa pela revista Forbes. Foi nomeada pela revista Time como Pessoa do Ano, ressaltando a inspiração social, moral e política que ela deu a seus fãs. Ela apoia a diversas instituições de caridade, tais como Comic Relief, One Parent Families, Multiple Sclerosis Society of Great Britain e Lumos, sendo esta última fundada por ela.
Rowling revelou que criou Hermione Granger baseando-se em si mesma, na época em que tinha 11 anos. Ela sempre foi muito inteligente e obteve Bacharelado de Artes em Francês e Estudos Clássicos na Universidade de Exeter. Depois de passar por um casamento onde aparentemente sofria de violência doméstica, o relacionamento terminou e ela entrou em depressão. Por conta dessa doença, ela acabou se inspirando no personagem Dementador, uma criatura sugadora de almas. Seus livros foram escritos com sua filha ainda pequena, que ela levava para diversos cafés enquanto escrevia. Rowling alegou que era o melhor jeito de fazer sua filha dormir, quando a levava para caminhar.
Quando Rowling terminou seu manuscrito de Harry Potter e a Pedra Filosofal, um revisor concordou em representá-la, mas o livro foi rejeitado por doze editoras. Somente um ano depois, ela conseguiu do editor Barry Cunningham, da Bloomsbury, uma editora de Londres, que seu livro fosse publicado. Isso porque a filha de oito de anos do presidente da editora leu o primeiro capítulo e imediatamente exigiu o segundo a seu pai. Os três primeiros livros deram a ela o prêmio de Nestlé Smarties Book Prize, fazendo de Rowling a primeira pessoa a ganhar três vezes seguidas. Depois disso, ela então retirou o quarto livro da disputa para permitir que outros livros tivessem uma oportunidade também. Com o sexto livro ela ganhou o prêmio de livro do Ano no British Book Awards. Quando a Warner Bros produziu os filmes, levou em consideração os desejos de Rowling, que todo o elenco fosse britânico. Rowling também exigiu que a Coca-Cola, a empresa que promovia os filmes nos produtos, doasse 18 milhões de dólares para a Reading Is Fundamental, uma instituição de caridade americana, e também para vários outros programas comunitários.
Quando foi descoberto que Rowling e Galbraith eram a mesma pessoa, os livros escritos sob o novo pseudônimo tiveram uma venda crescente de 4000%. Isso gerou boatos de que foi um golpe publicitário, o que foi negado por Rowling. Rowling disse que gostou de trabalhar sob um novo pseudônimo e explicou que pegou o nome de um de seus heróis pessoais, Robert Kennedy, e o sobrenome de um nome que havia inventado para si mesma quando criança, Ella Galbraith, mas não deu mais detalhes.
Desde 2019, Rowling vem recebendo críticas devido a posicionamentos considerados transfóbicos. Rowling afirmou que parte do ativismo transgênero tem como objetivo o apagamento do conceito de sexo em prol do conceito de gênero, o que deixaria, de alguma forma, mulheres cisgêneros vulneráveis e destituídas de suas identidades. Em 2020, Rowling tuitou críticas à frase “pessoas que menstruam”, e afirmou que “se o sexo não é real, a realidade vivida pelas mulheres globalmente é apagada. Eu conheço e amo pessoas trans, mas apagar o conceito de sexo remove a capacidade de muitos de discutir suas vidas de forma significativa.” Os tuítes de Rowling foram criticados pela associação pró-LGBT americana GLAAD, que os chamou de “cruéis” e “anti-trans”.
Em sua defesa, ela disse que era uma sobrevivente de violência doméstica e sexual, e afirmou que “Quando você abre portas de banheiros e vestiários para qualquer homem que acredita ou sente que é mulher… aí você abre a porta para todo e qualquer homem que quiser entrar”, ao mesmo tempo que afirmou que a maioria das pessoas trans eram vulneráveis e mereciam proteção. Ela também escreveu que muitas mulheres consideram degradantes termos como “pessoas que menstruam”. Rowling foi referida como uma feminista radical trans-excludente. Rowling recebeu apoio do ator Robbie Coltrane e Brian Cox, além de algumas feministas. Em agosto de 2020, Rowling devolveu o Prêmio de Direitos Humanos Robert F. Kennedy, depois que Kerry Kennedy divulgou uma declaração expressando seu “profundo desapontamento” com os “ataques à comunidade trans” de Rowling, que Kennedy chamou de “inconsistente com as crenças e valores fundamentais dos Direitos Humanos RFK e … um repúdio à visão de meu pai”. Rowling afirmou que estava “profundamente entristecida” pela declaração de Kennedy, mas afirmou que nenhum prêmio a faria deixar de seguir o que diz a sua consciência.
Existem várias datas comemorativas de Harry Potter, incluindo o aniversário da J. K. Rowling. As datas foram criadas pelos Potterheads, fandom de Harry Potter, uma comunidade informal e internacional, unida pela série Harry Potter. Nela, o mundo inteiro comemora em 31 de julho o “HarryBday”, dia do aniversário de Harry Potter na saga e de sua autora J.K Rowling. Outra data muito importante é o Potterday, comemorado em 31 de outubro (Dia das Bruxas), e é a data comemorativa internacional de Harry Potter. Nesse dia também se comemora a noite em que Harry Potter, ainda bebê (em 1981), derrotou o bruxo das trevas, Lorde Voldemort, pela primeira vez em Godrics Hollow. Em 02 de maio relembramos o fim da segunda guerra bruxa e queda definitiva de Voldemort, além de honrar a memória dos mortos na batalha. Em 01 de setembro, o expresso de Hogwarts, partindo da plataforma 9 3/4, que leva os alunos para a volta às aulas! Existem ainda outras datas, mas essas são as principais.
