Mundo Geek Feminino

Harriet Tubman

Esse é um momento que chamo de “Mulheres Reais”, onde falo um pouco sobre mulheres que fizeram história e que podem nos inspirar. E Harriet Tubman é um dos grandes nomes na luta pela liberdade.

Harriet Tubman, conhecida como “Moisés negro”, foi uma abolicionista e ativista americana. Nascida escrava, foi espancada e açoitada por seus vários senhores durante a infância. Ainda jovem, ela sofreu uma lesão craniana traumática quando um senhor de escravo jogou um peso de metal num escravo fugitivo, mas acabou a acertando. A lesão causou tonturas, dores e períodos de hipersonia, que ocorreram ao longo de sua vida. Depois do ferimento, Tubman começou a ter visões estranhas e sonhos vívidos, os quais atribuiu a premonições de Deus. Estas experiências, combinadas com sua educação metodista, levaram-na a se tornar uma religiosa devota.

Harriet fugiu da vida de escravidão e, na fuga e luta pela liberdade, resgatou cerca de 300 pessoas escravizadas, incluindo familiares e amigos, usando a rede de ativistas ante escravatura e abrigos, conhecida como Underground Railroad. Em seus últimos anos, Tubman tornou-se uma ativista pela causa do sufrágio feminino, movimento social, político e econômico de reforma, com o objetivo de estender o sufrágio às mulheres. Harriet era analfabeta, como a maioria dos escravos, já que não tinham o direito de aprender a ler e escrever, porém isso não a impediu de fazer discursos contundentes em defesa do sufrágio feminino, o que enriquece sua biografia como uma das pioneiras dos direitos civis das mulheres do seu país.

Quando a Guerra Civil Americana eclodiu, Tubman trabalhou para o exército da União, primeiro como cozinheira e enfermeira, depois como batedora armada e espiã. Foi a primeira mulher a liderar uma expedição armada na guerra, guiando o ataque no rio Combahee, que liberou mais de 700 escravos. Depois da guerra, aposentou-se e passou seus dias na propriedade de sua família, adquirida em 1859 em Auburn, no estado de Nova Iorque, onde cuidou de seus pais já idosos. Ela atuou no movimento pelo sufrágio feminino até a doença lhe impossibilitar de fazê-lo, quando foi internada num asilo para afro-americanos idosos que ajudara a criar anos antes. Depois de sua morte em 1913, tornou-se um ícone de coragem e liberdade.

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